OCDE: Brasil sairá gradualmente da crise em 2017, mas com desemprego ainda em alta

02/12/2016 07:49

Organização aponta para indícios de lenta melhoria na situação econômica brasileira.

Aos olhos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil deverá passar por uma gradual melhora nos próximos dois anos. Para isso, a nação contará com melhores preços das commodities, por uma maior confiança do consumidor e empresários, e por melhoras na política monetária. A mesma analise foi feita para a Rússia.

Entretanto, para a organização, a recuperação econômica do país não será mais rápida graças ao alto endividamento das empresas e capacidade não utilizada em certos setores.

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Desemprego

Mesmo que a projeção possa parecer otimista, a OCDE também projeta que o desemprego seguirá aumentando em 2017.

Somente após isso é que o desemprego deve cair de maneira gradual.

Menos incerteza, mais confiança

Em sua analise a respeito da situação brasileira, a OCDE avaliou que a nação já não conta mais com tanta incerteza política e que a confiança do consumidor e de empresários melhorou. Além disso, em médio prazo, a organização acredita que as despesas públicas serão contidas pela nova regra fiscal proposta pelo governo, e que as reformas estruturais deverão apoiar o ajuste econômico e um crescimento.

Projeções econômicas

Baseadas em todas as analises feitas, a entidade ainda reavaliou suas projeções para a economia brasileira. Para 2016, a perspectiva de encolhimento de 3,3% feita em setembro piorou um pouco, ficando em 3,4%. Para o ano que vem, a expectativa anterior era de um avanço de 0,3%. Já agora, espera-se um crescimento zero. Já em 2018, o crescimento econômico esperado é de 1,2%.

Juros

No que diz respeito aos juros, a OCDE projeta queda na taxa brasileira no curto prazo. Os atuais 14% devem se transformar em 10% até o final de 2018. Mas, mesmo com isso, o Brasil ainda será a nação com juros mais altos entre as 50 estudadas pela organização.

Em segundo lugar, para se ter noção, figura a Turquia, com uma taxa atual de 10,2% e expectativa de redução até 8,3%. Em seguida vêm Indonésia e África do Sul, ambas com 7,2%. A projeção é que essa porcentagem caia para 6,3% e 6,7% respectivamente.

 

Fonte: Valor Econômico