Projeto que altera PIS/Confins pode desempregar 2 milhões, aponta IBPT
De acordo com uma estimativa conferida por Gilberto Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), até 2 milhões de empregos podem ser perdidos no setor de serviços. Isso aconteceria em função da mudança do regime de cobrança do PIS/Confins.
“De cada 10 postos de trabalho, dois serão encerrados porque as empresas terão um aumento de custo que pode chegar a cinco pontos percentuais sobre seu faturamento”, alerta Amaral. “Temos 20 milhões de trabalhadores no setor de serviços e poderemos ter um desemprego de 2 milhões de pessoas”, prossegue.
Entenda o projeto
O projeto que altera o PIS/Cofins trará mudanças no formato de cobrança do imposto, fazendo com que um número maior de empresas constem no regime não cumulativo para o pagamento do PIS/Cofins, com alíquota de 9,25% do imposto. No regime cumulativo, a alíquota é de 3,65%.
Segundo projeções, a medida afetará 1,5 milhão de empresas e resultará em um aumento de R$ 50 bilhões na arrecadação de tributos.
O presidente do IBPT acredita que o projeto que aborda o PIS/Confins deverá ser encaminhado para o Governo após ser definida a questão do impeachment ou não de Dilma Rousseff (no momento, Michel Temer segue como presidente em exercício).
O deputado federal Laércio Oliveira, por sua vez, também se mostrou contrário às mudanças. “Não temos ambiente para aumento de impostos. O caminho é gestão eficiente do gasto público”, opina.
Oliveira afirma que o projeto de Orçamento para 2017 prevê uma receita de R$ 30 bilhões com contribuições sociais e, por ser um valor semelhante ao que seria arrecadado por meio das mudanças no PIS/Confins, pode ser considerado um sinal de que o governo pretende mesmo seguir com o projeto.
Por fim, o deputado garante que, além de quatro encontros de mobilização contra o projeto já realizados no país, outros oito deverão acontecer ainda em 2016.
Fonte: Blog Skilll